quinta-feira, 9 de setembro de 2010
PREFÁCIO DE LEILA MÍCCOLIS
domingo, 26 de outubro de 2008
O "TEATRO AMAZONAS", de Rogel Samuel, em Blocos Online
LEILA MÍCCOLIS
Há quem prefira elogiar diretamente para mim um autor em vez de dirigir-se para ele próprio, o que é uma pena, porque esse retorno é muito importante para quem escreve, ainda mais uma obra inédita do fôlego de Teatro Amazonas, inédito publicado originariamente em Blocos, em 22 capítulos. A obra mereceu logo de início reportagem no jornal "Amazonas em Tempo" que, com grande tino, percebeu desde o início a importância da obra: afinal são raros os romances históricos sobre temas brasileiros, e a visão de Rogel Samuel é primorosa: falar da construção de uma arquitetura que abalou os alicerces de uma nação político-social-economicamente. Para os que aplaudiram, mesmo sem escrever ao autor, uma ótima novidade: na próxima coluna, do dia 10 de novembro, o autor começa outra novela sobre o tema amazonense. Porém antes que isso aconteça, não resisto a registrar um comentário que circulou na lista pessoal do autor, escrito por outra colunista de Blocos, Clarisse de Oliveira — figura também com um passado histórico, filha de Clarice Índio do Brasil —, que em sua infância possuía aquarelas do artista plástico De Angelis, responsável pela pintura interior do Teatro Amazonas. Escreve Clarisse de Oliveira: “Hoje, li o último capítulo da história do Teatro Amazonas, em Manaus. Fascinante e retém nossa atenção o tempo todo, pois, Rogel Samuel, intercala a narração com a descrição das personagens, sempre focalizando sua mixagem racial dos primeiros séculos de Vida do Brasil. Afora a mixagem racial, os atritos livres das personalidades em seu desempenho na política do Estado de Manaus, surgindo da periferia da Mata Amazônica e se baseando nos reflexos que chegavam no Brasil, da Europa, principalmente de Paris, onde até a roupa mais fina era enviada para ser lavada lá. A pintura ornamental de teto e paredes, de que herdei umas quatro aquarelas, me levavam a imaginar a beleza barroca da moldura do palco do Teatro. Na minha infância, a mãe de meu padrinho Gaspare Cornazzani, que se chamava "Altiniana", mulher belíssima, que muitos diziam: "É um cromo", eu ouvia falar sempre. Ela chamava a atenção no Teatro Amazonas, em seu camarote, exibindo beleza física e luxo em vestimenta e jóias. Assim, na embocadura de uma selva tropical, uma construção meio Paris e barroco italiano, tem agora um livro com a história de sua construção narrada de maneira fascinante pelo escritor Rogel Samuel, natural de Manaus". Depois de ler este texto pensei no velho chavão: "como o mundo é pequeno". Ou, em roupagem mais atual, como o universo é sincrônico...
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